domingo, 2 de junho de 2013

Síndrome de Tourette

Estou contruindo um post sobre Em frente a classe, um filme que retrata a história verídica da vida de um portador da Síndrome de Tourette. Antes, já havia falado no assunto em dois outros filmes “A menina no país das maravilhas” clique aqui para ler o post e “Vincent quer ver o mar” (leia o post completo, clicando aqui). Diante da importância do assunto, este artigo procura aprofundar o tema SÍNDROME DE TOURETTE.

Sobre a Síndrome de Tourette

A síndrome de Tourette ou síndrome de la Tourette, é uma desordem neuropsiquiátrica caracterizada por tiques, reações rápidas, movimentos repentinos (espasmos) ou vocalizações que ocorrem repetidamente da mesma maneira. Esses tiques motores e vocais mudam constantemente de intensidade e não existem duas pessoas no mundo que apresentem os mesmos sintomas. Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC) e ao distúrbio de atenção e hiperatividade (TDAH). É possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições. A maior parte das pessoas afetadas são do sexo masculino.

TRAILER documentário HBO

O início da síndrome geralmente se manifesta na infância ou juventude do indivíduo, eventualmente atingindo estágios classificados como crônicos. Porém, no decorrer da vida adulta, frequentemente, os sintomas vão aos poucos se amenizando e diminuindo. Mesmo assim, até hoje ainda não foi encontrada uma cura para a Tourette. Tratamentos médicos existem para amenizar os sintomas, porém, o consenso entre os profissionais da área é de que os tratamentos precisam ser individualizados por causa das sempre presentes reações adversas aos medicamentos.

Os sintomas

Em 80% dos casos, os tiques motores são a manifestação inicial da síndrome. Eles incluem piscar, franzir a testa, contrair os músculos da face, balançar a cabeça, contrair em trancos os músculos abdominais ou outros grupos musculares, além de movimentos mais complexos que parecem propositais, como tocar ou bater nos objetos próximos. São típicos dos tiques vocais os ruídos não articulados, tais como tossir, fungar ou limpar a garganta, e outros em que ocorre emissão parcial ou completa de palavras. Em menos de 50% dos casos, estão presentes o uso involuntário de palavras (coprolalia) e gestos (copropraxia) obscenos, a formulação de insultos, a repetição de um som, palavra ou frase dita por outra pessoa (ecolalia).

O tratamento envolve duas abordagens: psicossocial e farmacológica. Antes de iniciar o tratamento, é importante que seja feito um estudo do caso, avaliando os tiques (localização, frequência, intensidade, complexidade e interferência na vida), o ambiente escolar, familiar e outros relacionamentos.

O tratamento

Os medicamentos usados no tratamento servem para aliviar os sintomas, mas não os eliminam completamente. É necessário que o médico faça uma análise criteriosa do caso para ver se é necessário usar medicamento ou não. No tratamento psicológico, é feita uma orientação aos pais, familiares e todos os outros que convivem com a criança que tem a síndrome (professores e colegas). Isso é muito importante para evitar que a criança seja estigmatizada por causa da doença e também para evitar que ocorra uma superproteção. Também é possível fazer psicoterapia para ajudar a pessoa a conviver com a síndrome.

Entrevista sobre o assunto

TOURETTE na ESCOLA e Tratamento Multidisciplinar

Novas possibilidades – A cirurgia

Tratamento Multidisciplinar SP

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Para tudo tem remédio?

Ultimamente, a discussão sobre a propagação de pílulas para a felicidade anda em voga. No Brasil e no mundo, cresce a procura por medicação para todos os males. Mas, seria a medicação a única opção?

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Diversos diagnósticos psiquiátricos caíram na “boca do povo”. Assim, os clientes já chegam ao consultório devidamente “rotulados”. Me espanta quando a mãe informa que a professora diagnosticou seu filho com tal diagnóstico, mas que discordou consideravelmente após pesquisa na Internet, o que a fez considerar outro diagnóstico. Me assusta ainda mais quando o diagnóstico, certo ou errado, rotula a criança ou o adulto, muitas vezes resultando em medicações desnecessárias.  Na maior parte das vezes o pseudo diagnóstico está muito longe da realidade do cliente, mas o estrago está feito, a estigmatização transforma aquele ser em uma categoria qualquer, ignorando a pessoa que existe por trás do sofrimento que a acompanha. Temos ainda um outro problema, mesmo que o diagnóstico tenha sido realizado por algum profissional de saúde mental, nem sempre está correto, pois muitos tipos de transtorno exigem uma equipe profissional para que seja definido com clareza.

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Há ainda uma outra questão deveras preocupante. Em saúde mental há um manual, que é considerado como a bíblia da psiquiatria, chamado DSM e outro denominado CID 10. O DSM-4 está em vias de ser atualizado para DSM-5 a qualquer momento. Entretanto, antes de sua publicação oficial, diversas categorias de profissionais e estudiosos de saúde mental estão reagindo contra, devido a diversos aspectos dessa nova forma de “formatar” o sofrimento humano.

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Na França, desde o DSM-3, os psiquiatras discordavam de muitos aspectos desta normatização, o que tornou possível o desenvolvimento do Manual francês  CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000 – Segundo o sociólogo Manuel Vallee.  A categoria TDAH (trasntorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), tão difundido e alcançando uma quase epidemia no Brasil, lá não existe. Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Para ler mais clique aqui.

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Tanto no Brasil como no resto do mundo, a proposta DSM-5  está causando duras críticas, com discordância em vários aspectos do manual. Dentre as diferentes manifestações, a força da Indústria farmacológica tem sido o maior alvo. Novas categorias nosológicas foram acrescentadas, diminuindo consideravelmente a porcentagem de “normalidade” na população mundial. O referido manual parece “oficializar” muito do que já vem acontecendo frequentemente em muitos lugares, a escolha de medicação “confortar” qualquer alteração de comportamento, enfrentamento da dor, conflitos existenciais ou tristeza. De fato, é preocupante a possibilidade de transformar obstáculos naturais do desenvolvimento humano em  rótulos que podem exigir algum tipo de medicação.

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Felizmente, não há consenso em relação ao assunto, tanto quanto não há aceitação de todas as indicações previstas nesses manuais. Muitos psiquiatras são holísticos, considerando assim, a pessoa em detrimento do diagnóstico. Muitas vezes o psiquiatra indica a psicoterapia, seja em parceria com a medicação, ou como única forma de tratamento. Psicólogos, em geral, indicam psiquiatras quando o cliente apresenta algum tipo de alteração química no organismo. Em geral, o profissional indicado também prioriza o ser humano, sem desconsiderar o diagnóstico. Assim, ainda é possível que o ser humano encontre lugar para que suas questões sejam vistas sob outro enfoque, considerando seu contexto e sua singularidade. Mais do que nunca, é necessário que haja muito cuidado com psicodiagnósticos que exigem algum tipo de medicação. Antes, é preciso verificar a competência dos profissionais envolvidos, sendo possível que a confirmação diagnóstica seja realizada por outro profissional, em caso de dúvidas.

Quando a intervenção medicamentosa é indicada, é necessário que o profissional de saúde mental explique detalhadamente as ações e possíveis reações, bem como os benefícios advindos de sua aplicação. O acompanhamento psicoterapêutico muitas vezes é feito em parceria,  psicólogo e opsiquiatra visam, em alguns prognósticos, a retirada e/ou dimunuição progressiva das drogas. Em outras situações, quando a medicação é necessária para o resto da vida, o acompanhamento psocoterapeutico pode representar melhor qualidade de vida, visto que prioriza o ser humano dentro de sua realidade particular, sua singularidade.

Seja qual for o profissional, seu estudo muito pode contribuir para o bem estar do ser humano. Entretanto, não podemos esquecer que a maior autoridade sobre a pessoa é a própria pessoa, que nunca pode deixar de ser ouvida, acolhida e considerada. A indicação da terapia, medicamentosa ou psicológica, para ter sucesso deve contar com a participação efetiva do cliente. O termômetro será sempre o ser em questão, muito contribuindo para a indicação adequada.

Enquanto  não houver um Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais exclusivamente brasileiro que considere nossa realidade biopsicossocial, temos obrigação de priorizar o que há de singular do ser humano que nos procura. Quanto ao alívio de todas os sofrimentos e alterações comportamentais através de medicações que prometem felicidade, é preciso cautela. Pois, a felicidade e o equilíbrio saudável do ser está muito mais entrelaçado com sua capacidade de lidar com as adverdidades da vida, do que com a inexistência de conflitos, dores e obstáculos. A vitória só tem sabor diante da luta, dos erros, das perdas e derrotas enfrentadas durante o processo. Viver enfrentando as próprias limitações, facilita a ampliação do  próprio repertório de potencialidades. O psicólogo é o profissional indicado para auxiliar no processo de auto-conhecimento, servindo de suporte ao cliente, até que ele encontre o autossuporte. Por outro lado, o psiquiatra é o profissional qualificado para prescrever, quando necessário, a medicação adequada, principalmente quando as alterações bioquímicas do organismo causam sofrimento, dor e prejudicam o funcionamento do sujeito no mundo.

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Quando necessário busque ajuda. Mas, não accredite em pílulas mágicas. Procure o equilíbrio, seu ou de alguém que você ama, e, quando não for possível alcançá-lo, procure quantos profissionais forem necessários até que seja possível estabelecer o vínculo necessário para seu progresso.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fobia Social _ Transtorno Fóbico social

É normal sentir um certo desconforto em situações sociais que nos colocam em evidência, como falar em público, fazer uma apresentação acadêmica ou profissional dentre outras. No início, algumas sensações desconfortáveis nos dominam até que aos poucos vamos nos adaptando ao ambiente e superando a ansiedade. Mas o que fazer quando o medo se torna tão irracional e insuportável que a ansiedade experimentada leva a pessoa a evitar tais situações, por serem percebidas como ameaçadoras? Quando  isso ocorre e afeta a maneira de viver da pessoa, podemos estar diante de um Transtorno de Ansiedade Social chamado de fobia social, vulgarmente chamado de sociofobia. Para saber mais, assista o vídeo a seguir:

sábado, 13 de abril de 2013

Transtorno de Estresse Pós-traumático

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), estado de stress pós-traumático ou ainda síndrome pós-traumática, é um transtorno psicológico que ocorre em resposta a uma situação ou evento estressante (de curta ou longa duração), de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica. O problema é comum em vítimas de sequestro, assalto, estupro, violência urbana, agressão física, terrorismo, tortura, acidentes, guerras e catástrofes naturais.

É natural que qualquer pessoa fique transtornada em situações traumáticas. Entretanto, quando as alterações no sujeito afetam sua vida e sua forma de funcionar no mundo, é preciso procurar ajuda. É preciso estar atento às várias comorbidades que podem ocorrer pelo não tratamento do trauma psicológico. Como por exemplo, os transtornos somatoformes, que são as antigas doenças chamadas psicossomáticas, fibromialgia, cefaleia, os transtornos de ansiedade como a fobia, o transtorno do pânico, o abuso de substâncias, pressão maior.

Trata-se de um transtorno muito comum, porém pouco conhecido. O estresse pós-traumático se diferencia dos demais transtornos de ansiedade e da maioria dos transtornos mentais por ser causado a partir de um fator externo. O aparato mental do homem é capaz de lidar com situações estressantes sem que isso deixe cicatrizes, há, contudo limites a partir dos quais o funcionamento mental fica perturbado. Provavelmente isso ocorre quando os mecanismos de enfrentamento e suporte contra estresse estão fracos ou quando os estímulos são fortes demais. Portanto, pessoas podem vivenciar a mesma experiência e afetar de formas diversificadas. Alguns superam a experiencia com facilidade, outros acabam precisando de ajuda profissional para enfrentar a questão. Muitas vezes, a vida pessoal e profissional do sujeito é afetada, trazendo algum tipo de prejuízo funcional.

Em determinada ocasião, fui assaltada em frente ao local que trabalhava. Era dia, estava aguardando o ônibus sair da frente da garagem, para que eu pudesse entrar no estacionamento com o meu carro. Um jovem se aproximou da janela do carro, exigindo que eu entregasse meu celular. No momento, apenas tremia e não conseguia alcançar rapidamente o lugar onde estava o aparelho. Logo que encontrei, entreguei ao assaltante o objeto e entrei no estacionamento. Meu corpo todo tremia e em minha mente eu revivia os segundos de ameaça repetidamente. Um misto de angústia e raiva me invadia e alterava meus batimentos cardíacos, revivendo repetidamente aquele turbilhão de emoções. Nos primeiros dias após o ocorrido, bastava eu me aproximar do lugar, para que todas àquelas sensações tomassem conta de mim. Com o tempo, superei meus medos e aprendi a tomar algumas providências que evitassem a repetição do ocorrido, tornando minha passagem pelo local um evento comum outra vez. No entanto, fiquei me perguntando como seria se não tivesse conseguido. Como seria enfrentar diariamente aquelas sensações? Será que eu conseguiria voltar a trabalhar no mesmo lugar?  Pois foi a partir dessa experiência que eu percebi como a nossa forma de ver o mundo pode ser transformada por um evento estressante ou uma experiência de catástrofe. Talvez, se eu estivesse em um momento de vida fragilizado, tudo pudesse resultar em um transtorno de estresse pós-traumático. A magnitude do evento e o momento de vida da pessoa, a meu ver, tem toda influência no resultado de experiência semelhante. E, se o tempo não dá conta de nos colocar de volta nos trilhos, certamente é o momento de pedir ajuda a um profissional.

Nosso cotidiano está cercado de ameaças desse tipo: violência, acidentes, abusos, assaltos, catástrofes ocorrem a todo tempo. Como lidar com isso? Como evitar que qualquer desses acontecimentos nos afetem o cotidiano? É claro que existem alguns cuidados que nos ajudam a evitar tais eventos. Mas não estamos de todo protegidos em lugar algum, nem por isso é preciso deixar de viver. Quando um desses eventos nos tranca em um mundo diferente daquele que constumávamos viver, precisamos de alguma ajuda para voltar a vida. O filme SEM MEDO DE VIVER retrata deferentes reações de alguns dos sobreviventes de um acidente de avião. Leia mais clicando aqui.

Em Gestalt-terapia, o trabalho será com a pessoa que vive o transtorno, e, ampliando seu foco para além de seus sintomas. Há, assim, a possibilidade de dar suporte ao cliente, até que ele possa encontrar em si, as ferramentas necessárias para ampliar seu potencial. “Estar com” o cliente é primordial para compreender suas possibilidades. Qualquer ferramenta que o psicoterapeuta use, objetiva estimular a integração do ser, que após ser atingido pela experiência traumática, encontra-se alterado. Para tanto, é importante conhecer como o evento vivenciado está afetando seu funcionamento presente. Considerando cada caso e os possíveis prejuízos que acompanham o cliente, pode ser necessário indicar um psiquiatra para o trabalho em equipe, pois em muitos casos a intervenção medicamentosa pode favorecer o trabalho psicoterápico.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Afinal, o que é dislexia? Como a psicologia pode ajudar?
A dislexia é um transtorno genético e hereditário presente em aproximadamente 10% da população mundial, podendo também ser causada pela produção exacerbada de testosterona pela mãe, durante a gestação.
Muitas vezes confundida com déficit de atenção, problemas psicológicos, ou mesmo preguiça; esse transtorno se caracteriza pela dificuldade do indivíduo em decodificar símbolos, ler, escrever, soletrar, compreender um texto, reconhecer fonemas, exercer tarefas relacionadas à coordenação motora; e pelo hábito de trocar, inverter, omitir ou acrescentar letras/palavras ao escrever.
Indivíduos disléxicos possuem a área lateral-direita do cérebro mais desenvolvida que a de pessoas que não possuem essa síndrome, tendo geralmente, por tal motivo, mais facilidade em questões relacionadas à criatividade, solução de problemas, mecânica e esportes.

Psicoterapia de casal

O filme “Um divã para dois” promoveu a produção deste artigo, que pretende explorar alguns aspectos e possibilidades da terapia de casal.
Algumas pessoas acham que é bobagem fazer terapia e mesmo quando reconheçam a utilidade deste recurso, escondem dos amigos e familiares, muitas vezes por falta de conhecimento sobre o assunto. Atendo casal e família, sei o quanto é difícil compartilhar as suas intimidades com um estranho. Isto também ocorre na terapia individual, mas logo que o vínculo é estabelecido se torna mais fácil. No entanto, na maior parte das vezes, o casal chega ao setting terapêutico já com sua intimidade às avessas, nem eles próprios sabem mais o que é intimidade. Ou seja, são dois estranhos que naturalizaram a intimidade, fazendo do outro um objeto de posse. A comunicação já se tornou falha, ambos olham para o casamento com diferentes perspectivas, que possivelmente estão distorcidas.
Em nossa experiência profissional, encontramos as mais variadas formas de crise em relacionamentos conjugais e/ou em diferentes fases.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ATENDIMENTO DOMICILIAR, UMA NECESSIDADE.

Diversas situações exigem o atendimento psicológico domiciliar. O motivo pode ser um tipo de sofrimento psicológico temporário ou uma necessidade permanente. Quando ocorre com clientes que estão em crises pontuais, o atendimento não demora a ser transferido para o consultório. Mas existem outras situações que fazem com que o atendimento residencial seja a única opção, seja por incapacidade de locomoção do cliente, uma necessidade familiar ou qualquer outra razão. Diante desse universo tão íntimo do cliente, o profissional se depara com situações que podem dar um contorno facilitador ao atendimento e outras que podem, ao contrário, tornar o trabalho bastante complexo. É preciso ter a real dimensão da disponibilidade do psicólogo frente à necessidade do cliente, para que o vínculo seja estabelecido e o processo terapêutico seja desenvolvido.